Por que acumulamos gordura no fígado e como reverter a situação
Hoje em dia é muito comum no consultório o diagnóstico de esteatose hepática não alcoólica, também conhecida como gordura no fígado. Agora o que muita gente não sabe é que ela está intimamente relacionada com seu estilo de vida!
Como ocorre?
Ela ocorre pois há um acumulo de triglicerídios no fígado e o principal motivo é o sedentarismo e a má alimentação. É por isso que hoje em dia esta doença é muito comum, afinal, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a América Latina é a região que concentra o maior número de pessoas que não praticam atividades físicas. E o Brasil é o primeiro país na lista de sedentários. Assustador, não?
Como é diagnosticada?
O primeiro sinal que o corpo dá é alterar as enzimas do fígado AST (antigo TGO) e ALT (antigo TGP). Se estas enzimas estão acima ou perto do valor de referência, temos que ficar atentos, talvez seja interessante fazer um ultrassom do fígado e rever seus hábitos alimentares antes que o problema se instale. Só a alteração das enzimas já quer dizer que está com esteatose? NÃO! Mas é um dos indicativos!
Outros sintomas comuns são: barriga inchada, fezes clara, cansaço, dor de cabeça, enjoos e vômitos e peles e olhos amarelados.
Quais hábitos levam à doença?
Não fazer exercícios, abusar de doces, gorduras, carboidratos e bebidas alcoólicas contribuem para chegar nessa situação. E isso se reflete em cenas simples do cotidiano como ir de carro até a padaria na esquina, abusar das porções e bebidas no happy hour com os amigos ou comer doces em quase todas as refeições. Todos estes hábitos vão fazer com que os níveis de glicose no sangue atinjam o limite do considerado normal e muitas vezes o fígado começa a acumular açúcar e o transforma em gordura, que são chamados de triglicérides.
É possível reverter a situação?
A parte boa é que é bem fácil reverter a doença e, em torno de 80% dos casos, apenas mudanças no estilo de vida são suficientes para reverter o quadro, sem ter que utilizar nenhuma intervenção medicamentosa. Em média, o corpo demora em torno de seis meses até dois anos para reverter o estrago.
O que posso comer?
Para reverter este quadro, a pessoa terá que seguir uma alimentação saudável e balanceada, com leve restrição de carboidrato e restrição rigorosa de álcool.
A ideia é que todas as refeições tenham apenas uma fonte de carboidrato e sempre optar pelas versões integrais. Para dar sensação de saciedade, é aconselhável abusar nos legumes e principalmente nas verduras.
O ideal é sempre ir à nutricionista para que ela ajuste corretamente a quantidade de macronutriente que pode ir no prato, porém, como regra geral, o carboidrato jamais deve ultrapassar ¼ do prato. Sucos, refrigerantes e sobremesas devem ser evitados nesta fase da dieta. Se o paciente gostar muito, o aconselhável seria beber água e de sobremesa comer apenas um quadradinho de chocolate amargo (pelo menos 70%).
Quanto ao consumo de gorduras, deve ser reduzido apenas o consumo de frituras, margarinas (gordura vegetal) e gorduras em excesso aparentes das carnes. As gorduras boas vindas do azeite, sementes e oleaginosas não precisam ser evitadas.
Qual o melhor exercício neste caso?
Com relação à prática das atividades físicas, o ideal é se exercitar diariamente por pelo menos 30 minutos, para que os triglicérides presentes no órgão sejam "queimados". O importante é que o exercício seja predominantemente aeróbico, para ter bons resultados.
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