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Será que o arroz é mesmo um vilão para a sua dieta de emagrecimento?

Verônica Laino

19/06/2018 04h00

Crédito: iStock

Quando você resolve eliminar aqueles quilos extras, o primeiro alimento que sai da sua dieta é o arroz? Mas será que vale a pena e dá para emagrecer mais do que o esperado ao cortá-lo do cardápio? Muitas pessoas criticam o arroz por ser fonte de carboidrato, porém ele só é um "vilão" quando consumido em excesso.

Com isso, o caminho é aprender a escolher o melhor tipo de arroz e a controlar a quantidade. Fazendo desse jeito, garanto que, mesmo com ele presente em seu cardápio, você vai conseguir reduzir até o peso que deseja. Na hora de escolher, o ideal é ir atrás de algum tipo que preserve os nutrientes originais, tais como o integral, parboilizado, preto ou vermelho.

Eles possuem uma camada do farelo preservada, que é uma das partes mais ricas em nutrientes, além de conter fibras que auxiliam na redução da velocidade de absorção do carboidrato, dando uma maior sensação de saciedade. Tudo isso, consequentemente, vai ajudar na perda de peso.

Vamos conhecer um pouco dos tipos e como consumir cada um deles?

Arroz Branco

É o mais comum utilizado. A grande desvantagem é ser um alimento refinado, ou seja, possui apenas carboidrato, sem vitaminas, minerais e fibras. Não é o indicado para ser consumido no dia a dia. Até podemos comê-lo ocasionalmente, mas aí a dica é acrescentar alguma semente (como chia, linhaça ou gergelim) para reduzir o índice glicêmico. Isso faz com que o carboidrato seja absorvido de forma mais lenta, não deixando você ficar com fome tão rápido.

Quanto consumir? Como ele é um alimento pobre em nutrientes, o ideal é comer bem pouco. Uma a duas colheres de sopa já seria suficiente para matar a vontade sem prejudicar o peso.

Arroz Parboilizado

É o mais fácil de introduzir na alimentação, pois cozinha rápido e tem um índice glicêmico baixo, aumentando a sensação de saciedade. Outra grande vantagem é que fica sempre soltinho e combina com qualquer tipo de preparação, tendo um sabor mais próximo do arroz branco do que do arroz integral. Também preserva os nutrientes do farelo, possuindo uma composição bem parecida com a do arroz integral, com vitaminas do complexo B, ferro e zinco.

Quanto consumir? Uma porção boa para o almoço, por exemplo, seria de duas a quatro colheres de sopa do arroz já cozido.

Arroz Integral

Possui o farelo, que é a casca rica em fibra presente no grão do arroz, preservado. É uma excelente opção para quem sofre com o intestino preso, pois as fibras –ao serem cozidas– absorvem água. Ao consumi-lo, você melhora a formação das fezes, acelerando o peristaltismo e facilitando as idas ao banheiro. Também é uma boa fonte de vitaminas do complexo B, ferro e zinco. Por ser absorvido de forma lenta e gradual, ajuda na sensação de saciedade.

A dica para ele cozinhar mais rápido é colocar o arroz na panela sem óleo, sem sal, sem tempero e torrar o grão por dois minutos, mexendo sempre para não queimar. Depois, você pode acrescentar a água e os temperos. Ao torrar o grão antes, quebramos um pouco da casca do arroz, fazendo ele cozinhar mais rápido e ficar mais soltinho.

Quanto consumir? Uma porção ideal para o almoço seria de duas a quatro colheres de sopa do arroz já cozido.

Arroz preto e arroz vermelho

Apresentam a antocianina em sua composição, que é capaz de desempenhar ação antioxidante, reduzindo o envelhecimento precoce das células do nosso organismo. Além disso, contêm um pouco de proteína de origem vegetal, o que aumenta ainda mais a sensação de saciedade. Como o grão é mais duro, acaba demorando um tempo maior para cozinhar. O gosto é bem diferente do arroz que estamos acostumados, pois lembra um pouco o sabor da amêndoa.

Quanto consumir? Por serem mais nutritivos, a porção ideal pode ser maior, em torno de três a seis colheres de sopa por refeição.

Percebeu que você não precisa excluir o arroz do seu dia a dia para reduzir o peso? Ele pode, sim, estar presente no seu prato durante uma reeducação alimentar!

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Sobre o autor

Verônica Laino é formada em Nutrição pela USP (Universidade de São Paulo), pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional e coach de emagrecimento. Trabalhou em clínica particular por sete anos e hoje dedica seu tempo aos seus coachees e à produção de conteúdo online, mídias sociais e eventos, como forma de alcançar cada vez mais pessoas e ajudá-las a levar uma vida prática, saudável, balanceada e gostosa.

Sobre o blog

Dicas sobre nutrição, com foco na alimentação de verdade (e sem radicalismo), que vão te ajudar a fazer alterações concretas no seu estilo de vida. A ideia é que você alcance o seu verdadeiro potencial e atinja sua melhor versão.